quinta-feira, 29 de abril de 2010

Recente Árduo Amor



Meu corpo vela minha alma
Meus dias se findam nessa triste história
Um amor impossível que significa tudo
Meu fim, minha alegria e tristeza infinita.

Nem belas palavras saberiam explicar...
Essa dor no peito a me matar
Mas como é preciso viver
Pois de vivo para não morrer
Mas meu coração se foi há muito tempo
Esse é meu triste desalento

Por mais impossível que pareça
Existir tanto sofrimento
Meu pranto existe e não acalma
Um só momento,
Só quando durmo adormece o meu tormento.
A vida é cruel com quem ama
Chorar até que venha enxugar minhas lágrimas
Então chorareis de alegria e não mais de solidão

(Alan Félix)

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Desaguar do Amor


para Karine Simões

Teus olhos
caleidoscópio
refletem os espelhos
de tua alma.

Produzem
impressões afáveis
nos subterfúgios
do meu corpo.

Entranha nas raízes
do meu coração
as palpitações infinda
do teu querer.

Vertendo
um rio de desejo
que deságua
das tuas veias.

Despejando da tua boca
uma cachoeira
de grânulos de amor.

(Alan Félix)

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Me Leve


Me leve
Me leve
Me leve

Leve
Leve
Leve

na leve bruma
do teu cantar.

(Alan Félix)

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Jardim de Flores


Costura os teus lábios
no contorno incerto
da minha boca.

É vasto o jardim
de flores bailando
na babilônia dos teus olhos.

Dispersa as cores
dos teus olhos em borboletas
que se abrigam nos canteiros
da minha pele.

(Alan Félix)

quinta-feira, 15 de abril de 2010

En(laço)


Laço
tuas raízes em minhas pernas.
Encravo
meu aço na tua rosa.
Enlaço
nas correntes fluidas do teu sexo.
Melaço
o teu eco com açúcar.



(Alan Félix)

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Amor das Sombras


Fechos os olhos,
mas meus olhos ainda
não conseguem ver além
o além.
Só sinto você.

Sete palmos abaixo da terra
Me ordenando
Me sucumbindo
Me sufocando.

Invade meus pensamentos
Até os mais obscuros
Revira meu passado que é seu
Adormeço em sono profundo.

E tenho pesadelos
Neles você toma forma
Se empenha em me assustar.
Eu sei o por quê
Você nunca deixou de me amar.

(Alan Félix)

terça-feira, 13 de abril de 2010

Rachadura


Despedaça a velha rachadura
do muro-lábio.

(Alan Félix)

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Ode da Paixão


O que canta
o canto dos teus olhos.
O que murmura
os cílios acanhados da tua face.

Existem signos indecifráveis
nos campos dos teus lábios.
É rubro como o ardor
que corre nas minhas veias.

Pulsa um universo
dentro de mim
ao encontro do teu corpo nu.

E na nudez
das tuas palavras
faço meu abrigo,
quem sabe ninho.

E cantamos feito pássaro
na amplidão do céu,
e abraçamos as nuvens
no silêncio de nossos corpos.

Meu bem, que constelação
nos guarda na noite calma
de nossas camas.

(Alan Félix)

quinta-feira, 8 de abril de 2010

O Zódiaco - Áries


O ar ares áries do meu corpo,

é cálice de fogo,

banha o mar amar-te marte do teu gozo.

(Alan Félix)

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Cartas sem destino.



Querida Elnora,

Ao longe através da janela vejo o céu brincando com os espectros das cores, abaixo observo casa, luzes e a escuridão.
A primeira estrela germina no anoitecer.
A nossa antiga casa nos contempla nessa noite, você voltou a perfumar os cômodos trazendo vida para as velhas fotografias.
Por uma noite a rotina pretérita fez-se cotidiana, a conversa, o abraço, o beijo, você em mim, eu em você na cama desértica.
Acredite por essa noite você tornou-se o melhor abrigo que poderia existir em três meses de exclusão da sensação de bem-estar que alguém poderia causar. Lógico, isso seria imprescindível, pois conhece cada centímetro do corpo que bebeu.
Embriaguei-me no vinho seco que é você.
O melhor é que amanheci sem ressaca, o coração tagarela zumbia forte ao abraçar-te na despedida, tenho nos meus olhos seu corpo fotografado.

(Alan Félix)

terça-feira, 6 de abril de 2010

Nunca mais...


Nunca mais
sentir um beijo.
Nunca mais
recebi uma flor.
Nunca mais
beija-flor.

Voou, voou de tanto vê a dor.

(Alan Félix)

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Dia Amante


para Karine Simões

Bruto
Bruto
és o diamante
dos teus olhos
que lapida-me
com um olhar.

Tua voz labirinto
faz perder-me
nas sensações
dos timbres oculto
do teu coração.

As passagens
predestinada por Deus,
é ventura para os
sentimentos forjados
no ardor do meu coração.

Que cora a cor
da emoção
que pinto na tela branca
da tua face.

(Alan Félix)

sábado, 3 de abril de 2010

Águas de Março

Estranha essas águas que rolam
dos poços de seus olhos.
O mundo do qual brotam
essas águas é, escuro e turvo.

Têm suas margens
sempre languescidas,
as nuvens dos teus cílios
são negras e ofuscantes.

Essas águas carregam tristezas,
é uma correnteza de alívio
que lapida nas grutas dos poros,
pequenas ilhas de sossego.

As águas que fecundam
a pele quente e ardente,
tem nas suas nascentes,
verdades e segredos

que aprisionam nos cristais escuros dos olhos.

Quando transbordar
em lágrimas o mar
que carrego nos olhos,
é que a vida já me trouxe
muitos naufrágios.





(Alan Félix)

quinta-feira, 1 de abril de 2010


para Alan Félix


Grito!
Não consigo fugir do que sinto.
Paro.
É simplesmente irrefreável.
Nego...
Mas me atormenta.

Você,
Me roubou,
Paralisou,
Inundou minha alma.

Pergunto...
Porque tens que ser tão encantador?
Questiono...
E se eu me entregar?
Ainda sem resposta.

Mas, quero estar contigo.
Sentir seu cheiro,
Teu toque... suas mãos suadas.
Ver teu cabelo desgrenhado.
Teu sorriso bobo.

Concluo: adoro-te!


(Autor Anônimo)