Quando sempre passo por sua janela, espio o interior da casa.
É involuntário o gesto, sem perceber quando noto vigio sua presença. Lembro da tarde cansativa, das preocupações que rodeavam como sombra, e quando a distração furtava a atenção, voltei o olhar para a janela de grandes vidraças.
Rapidamente, a epifania daquela mulher debruçada olhando a multidão que devagar crescia sobre o asfalto da avenida.
A gravidade pesava lentamente nos caracóis do cabelo ruivo, e a cada balançar das mechas os campos de algodão do céu moviam-se. Caminhei entorpecido beirando as paredes, sacadas e meio-fio da rua. O coração transpirava pesando o vôo dos pulmões.
Assim, toda tarde caminho naquela avenida, percorro aquela rua, espreito aquela janela na esperança de abraçar-la novamente num olhar.
É involuntário o gesto, sem perceber quando noto vigio sua presença. Lembro da tarde cansativa, das preocupações que rodeavam como sombra, e quando a distração furtava a atenção, voltei o olhar para a janela de grandes vidraças.
Rapidamente, a epifania daquela mulher debruçada olhando a multidão que devagar crescia sobre o asfalto da avenida.
A gravidade pesava lentamente nos caracóis do cabelo ruivo, e a cada balançar das mechas os campos de algodão do céu moviam-se. Caminhei entorpecido beirando as paredes, sacadas e meio-fio da rua. O coração transpirava pesando o vôo dos pulmões.
Assim, toda tarde caminho naquela avenida, percorro aquela rua, espreito aquela janela na esperança de abraçar-la novamente num olhar.
Alan Félix
Arrasou!! Isso que é inspiração!
ResponderExcluirsorte dessa mulher de caracóis ruivos :)
ResponderExcluirE a cada dia o desejo sufoca meu peito, e explode a paixão encarcerado em meu coração angustiante por teu olhar tenso e macio.
ResponderExcluirMuito bom, seu texto é inspirador.
http://duo-postal.blogspot.com