O que adianta o mar
si as lágrimas são salgadas
e tempera minha pele fraca.
Quantas tormentas virão
até naufragar as caravelas do meu dia.
Quero a tranquilidade dos rios
e doçura de suas águas a banhar minha face.
Não quero os trovões da violência,
os tsunamis da vaidade,
os recifes da insensatez.
Tenho a fragilidade dos barquinhos de papeis machês,
a candura das baías calmas,
e a festividade das marolas a lavar os pés.
(Alan Félix)
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