domingo, 27 de março de 2011

Arteira


Esse olhar de arteira,
mandiga de feiticeira,
ginga de capoeira,
preste a domar.

Enrolo nessa teia,
régua da asneira
que vivo a contar.

Anotar o quão distante
vivo nesse lance
de esconder o cantar.

Canto a tristeza
de toda realeza
do verso “não amar”.

Esse olhar de prosa,
verso, rima e bossa,
penetra ao olhar.

Os seus beijos meio Caymi,
Buarque e Vinicius,
sinfonia para orquestrar.

(Alan Félix)

3 comentários:

  1. Linda, linda, linda!

    "Esse olhar de prosa,
    verso, rima e bossa,
    penetra ao olhar."

    Melhor descrição eu acho difícil!

    Beijos

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  2. Lindo poema!
    Musicalmente chega a dar vontade de dançar.
    Parabéns!

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