Na alvorada do amanhecer,
chegou com os pássaros que migram do norte,
invadindo o latifúndio do coração.
No cio que eclodi o chão (fundiu-se),
ergueu-se feito árvore na imensidão,
lambendo o telhado do céu.
Adentrou a crosta da noite,
enraizando nas estrelas trapezista
as fibras do timbre da aurora.
Com as nuvens costurou um vestido,
vestindo o fim da tarde,
adornando o anoitecer com brilhante.
Quando o olho do céu
lacrimejou a chuva na amplidão
e as lágrimas romperam a cortina do azul.
O chão embriagado vomitou,
tombando a árvore no terreiro do amanhã
fez-se do coração um rio.
(Alan Félix)
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