Querido,
As cartas que enviaste chegaram como borboleta em meu jardim.
Às vezes, em alguns dias, tais palavras pintadas nas telas brancas de papel, contagiavam minha vida, chegavam como uma aurora rasgando o céu do meu sorriso, tonalizando numa claridade rósea a minha face.
Cada palavra bailava ao som do vento soprando os fios longos do cabelo, alguns momentos o que escrevia chegava como um tornado, despenteando o íntimo do coração.
Por vezes, meus olhos choviam torrencialmente, alagava os vãos seco do rosto, orvalhava as folhas desidratada dos papeis onde escrevia seu verbo amoroso.
O teu verbo entoava firmemente nas raízes do meu ouvido, ecoava nas grutas solitárias do meu interior, acordava meus sentimentos quimera, revoavam as borboletas do estômago.
Sei que deixei a porta aberta ao sair, e migrei para zonas campestres de minha vida, imagino o teu abraço primaveril aguardando-me na porta de entrada da casa.
Todavia, continuo galho nu e retorcido do outono.
Ainda serei o pássaro que migra do jardim florido da tua vida, é inverno na sua casa.
Carinhosamente,
Elnora.
(Alan Félix)
Lindo texto.
ResponderExcluirBem "Escreva-me cartas" mesmo. Então, mande-nos um email.
adm.pamelamarques@gmail.com
Nós famos abrir uma categoria de não-enviadas, lá postaremos as cartas das pessoas que quiserem contribuir. E divulgaremos o blog da pessoa assim.
Nos mande a carta e seus dados =D
Hm, prefiro tuas poesias.
ResponderExcluirquando o blog abriu eu disse: caramba, que blog lindo!
ResponderExcluiraí eu li e disse: nossa, perfeito.
é isso.
:)
Muito bom, mas prefiro as destinadas a Elnora.
ResponderExcluirHá algo assim tão diferente...
Beijos!