terça-feira, 6 de outubro de 2009

Sopro


O meu coração não grita como outrora, ultimamente murmura baixo minhas dores abissais que consome o silêncio da noite. O coração contorce definhando a minha vida. Quanta pulsação ainda fará antes de aquietar os temporais de verão que dilui minha alma. Naufrago nas marolas que dissolvem no canto dos meus olhos. O que me resta dos fragmentos vermelhos que habita meu peito esquerdo. Sei que ainda o coração faz correr o sangue nas minhas veias amarradas. Até quando ele gritará minha vida, não sei...

Alan Félix

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