Esqueça meu nome,
identidade,
endereço.
Sou daqui e dali,
ando aqui e acolá.
Sou o vento que mexe seu cabelo
e logo levanta a saia de outra.
Sou efêmero,
dissolvo,
viro ovo,
envolvo.
Esqueça meu sobrenome,
genealogia,
telefone.
Ando na estrada do tempo:
velhice,
juventude,
espermatozóide.
Sou a cortina que balança pela manhã,
e o raio solar que dar bom dia.
Sou apenas partida,
nunca chegada.
Por isso, me esqueça, querida.
(Alan Félix)
Seja quem for o destinatário desse poema, espero que a pessoa não faça o que vc pediu...
ResponderExcluirDíficil esquecer alguém como vc, depois de entrar assim de forma tão súbita na vida das pessoas?!
Espero que não te esqueçam.
Vc deve ser lembrado!
Um beijo.
esqueça, antes que mais um coração se quebre.
ResponderExcluirA pior parte é que desses a gente sempre se lembra.
ResponderExcluirLembrei do Cordel do Fogo Encantado interpretando "dos três mal amados", do João Cabral de Melo Neto.
ResponderExcluirMuito bom, Alan.
Beijo! =)
Mesmo para quem ama, esquecer é fácil. Basta arrancar com raiz e tudo, exatamente como você pede que se faça.
ResponderExcluirAdorei.
gostei muito
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