segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Corpus




O verso suado brota do seu corpo
incendiário,
encharca as mais secas veredas
do meu corpo nu,
inundando minha alma seca.

O verso ofegante emerge do seu corpo
espumante,
descansa no bosque caótico do meu lábio
calmante,
sossegando o sonho ambulante.

O verso profanado do seu corpo
zincado,
dilacera o crepúsculo do meu olhar
imaculado,
formidando nosso espírito estrófico.

(Alan Félix)

6 comentários:

  1. Gosto desses seus poemas doces, mas levemente eróticos, que me dão vontade de sussurrar no ouvido de alguém...

    Você é muito bom, não canso de dizer.

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  2. Quem me dera não acordar, de um sonho sonhado assim.

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  3. Acho que você anda direcionando suas poesias para os intelectuais, ou melhor, para os que são dicionários ambulantes.

    Precisei ir pro google, Alan, isso não se faz. rs

    beijos, pretinho!!!

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  4. Um corpo, um desejo profano, ah, poesia devassa e inteligente.

    Charlie B.

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  5. acho que a poesia mais bem versada é o próprio ser. adorei essa, adorei MESMO.

    abraços.

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