domingo, 29 de julho de 2012
sexta-feira, 20 de julho de 2012
Nix
Meia noite,
meu corpo talha a noite
nua no céu de Nix.
As trevas abismais dos homens
adentram o meu tártaro-útero.
No melancólico ventre da noite
nuvens envolvem
a escuridão da vagina.
Atlas, ereto, com seus ombros incansáveis
sustentam firmemente meu céu.
O dia e a noite se cruzam
numa penetração de bronze.
Alan Félix
segunda-feira, 16 de julho de 2012
Nó
O
nó que nos prende Maria, é o mesmo que nos enforca.
A
vida é o embaraço de cordas: cordas que pulamos, cordas que nos enrolados,
cordas que amarramos, cordas que fazemos varal e estendemos coisas molhadas
para secar.
Você
seca seus olhos no varal, Maria?
Não?
Deveria. O sol seca tudo, torra tudo, queima tudo.
Alan
Félix
sábado, 7 de julho de 2012
AcriDoce
Ela
me absorve a cada dia, eu me diluo dentro dela. Lá permaneço, ocupo e milito todos
os dias por um pedaço de terra no seu coração. Não que ela seja uma
latifundiária, e queria os hectares de terra improdutivos, na verdade ela
deseja que seja plantado algo acridoce e que floresça maravilhas santas nessas
terras tão férteis.
Alan
Félix
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