terça-feira, 2 de março de 2010

Conchinha


Levemente
inclina o corpo, meu bem.

Entreabre
as janelas do teu ventre.

Sorrateiro
desliza as pedras do meu sexo.

Construo muralha,
barragem de teu gozo.

Transbordo
os lençóis subterrâneo do teu orgasmo.

E no invólucro
dos meus braços apalpando os seios

A língua crustáceo
tatear as dunas da tua nuca.

Teus gemidos
liberta-se do beco da garganta.

A carapaça da minha mão
envolver tua barriga de molusco.

Adormeceremos
feito conchinhas do mar.


(Alan Félix)

7 comentários:

  1. Excita-me marujo aos olhos meus, doce sereia.Rs.
    Estou aprendendo a te ler;

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  2. Teus poemas eróticos são tão controversos, porque são explícitos e sutis ao mesmo tempo. Gosto disso.

    Mais um que ficou bonito. E ficar feito conchinhas do mar é tão gostoso. *_*

    Beijo!

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  3. O poemas é bastante lascivo isso é bom, mas o que eu mais gostei foi da inocência de: "Adormeceremos
    feito conchinhas do mar."

    O desenrolar das palavras é gostoso de ler.

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  4. Mencionou o início, meio e fim.
    Tão excitante isso, tão romântico também, nada vulgar.

    Adorei:
    "Teus gemidos
    libertar-se do beco da garganta."

    Já temos ao invés do anjo, o mALANdro pornografico.. rs
    Vi no orkut o trocadilho.. ;*

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  5. Um poema intrigante diria assim, mesmo assim me encanta a facilidade que as palavras vão fluindo.

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  6. gostei das metáforas de crustáceos e conchinhas... original, muito original

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  7. Muito bom!
    Delicado e lascivo
    Tudo de bom poeta.

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