segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Confissões de Millena


O meu corpo natural desfila pela casa, uma passarela sem tapete vermelho até minha cama. A toalha desfalece do meu corpo úmido, e consola o chão. Deito na cama, a cabeça como um pêndulo para fora da cama. Oscilando livremente com a gravidade chamando o cabelo cacheado ao seu encontro. A perna entreaberta formava um ‘M’. A mão escorria pelo meu corpo na busca de vales perdidos. O dedo ia lendo cada centímetro de pele, arrepio e frenesi. E um choque entre o dedo indicador, indicando os espasmos que ocorreria naquele exato momento.

Clitóris reluzente.
Um indicador faminto.
A satisfação de uma mulher.

Num descontrole das sensações, o pensamento me visitou, e dessa vez Bianca tornou-se intrínseca nele. O dedo fazia movimentos leves, dançava como uma borboleta negra num vento avassalador. Dava volta ao mundo em 20 segundos, num giro macio de 360 graus de simples luxúria. Em alguns momentos um toque mais firme e vigoroso. A boca expelia os gemidos do pecado. A cabeça não mais oscilava, expressava como uma máscara grega toda reação que uma mulher caçando o gozo poderia interpretar. O inesperado ocorreu.
O celular tocou aquela canção chata!

Abraços primaveris,

Millena

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